O Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (20) ser possível a extradição para o Brasil do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado à prisão no mensalão e que está foragido, possivelmente na Itália, apesar de ele ter dupla cidadania.
Os dois países mantêm um acordo bilateral de extradição, mas a Itália pode recusar extraditar um cidadão do seu próprio país.
Apesar do acordo bilateral entre os dois países, há uma polêmica no caso de Pizzolato uma vez que ele tem dupla cidadania. Por conta disso, a Itália pode recusar extraditar um cidadão do seu próprio país.
No último domingo, seu advogado divulgou uma carta em que Pizzolato se dizia inocente e informava que havia fugido para a Itália. Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e meses de prisão pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele teve a prisão decretada na última sexta-feira (15), mas não se apresentou à Polícia Federal e fugiu para o país europeu.
Segundo nota do ministério, o pedido de extradição poderá ser feito por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), cabendo à pasta a sua execução.
Diz ainda que, em eventual negativa do pedido de extradição ou prisão, o Brasil poderá pedir que Pizzolato cumpra a sentença na Itália.
Desde segunda-feira, o ex-diretor é considerado foragido pela Interpol.
Pedido da PGR
Ontem, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, enviou parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) em relação ao caso do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que está foragido da Justiça. Para a PGR, o Ministério da Justiça deveria pedir a extradição de Pizzolato da Itália para o Brasil. Caso não fosse possível a extradição, o governo brasileiro deveria pedir cumprimento de pena na Itália.