O secretário municipal de Administração, José Fortes, afirmou ontem que a proposta do novo de reajuste salarial de 22,22% linear para todos os professores da rede pública municipal terá um impacto de R$ 1,3 milhão nas contas da PMT. A proposta deverá ser encaminhada em regime de urgência para aprovação da Câmara Municipal. "Esse valor é muito para a folha da Prefeitura", frisou.
Ele explicou ainda que o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) estipula que sejam gastos 60% dos recursos para a Educação no pagamento dos professores, mas com o novo reajuste a PMT irá pagar 68%. Além disso, a despesa líquida com pessoal da PMT é de R$ 600 milhões, enquanto o limite imposto pela LRF determina um máximo de R$ 696 milhões.
"Estamos ultrapassando os limites para realizar uma política de valorização do magistério", destacou Fortes. O secretário acredita que na próxima semana os professores estarão em sala de aula novamente.
"Temos certeza absoluta que após o feriado os professores voltarão para a sala", completou.
Em março a PMT confirmou que os servidores do município de Teresina teriam um reajuste salarial linear de 6,22%.
Apesar disso, a greve da categoria, que ultrapassou os 60 dias, prosseguiu. A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais.
Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundeb. Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.