Com as demandas observadas no setor em todo o país, levantamento da Secretaria Nacional de Habitação revela que neste biênio (2019-2020) a produção habitacional deve movimentar R$ 2,9 bilhões, em média R$ 1,46 bilhão por ano. A projeção do órgão vinculado ao Ministério das Cidades compreende apenas o volume de recursos financeiros equivalente ao acréscimo de unidades habitacionais. Esse valor é calculado considerando os valores médios de mercado dos imóveis (casas e apartamentos), em cada ano e em cada unidade da Federação, e os volumes de produção habitacional.
Neste sentido, o estudo reverbera que no quinquênio de 2021 a 2025 o valor da produção habitacional no Estado atingirá por ano um patamar de R$ 1,980 bilhão, a maior média projetada para o Piauí até 2040, ou seja, deve ser o período mais pujante neste setor.
No Brasil, no primeiro subperíodo, o valor da produção habitacional deve se aproximar de R$218 bilhões, caindo gradativamente para R$ 138 bilhões na média entre 2036 e 2040. Em parte, isso se deve à diminuição no ritmo de expansão demográfica, mas também reflete o efeito de substituição de casas por apartamentos.
A pesquisa esclarece que quando há valores de produção negativos em determinada região e período, diz-se que a produção bruta de casas será menor que o número de unidades habitacionais que serão demolidas, ou entrarão em ruína ou terão sua finalidade residencial alterada. Nesse último caso, os valores imobiliários são transferidos do segmento habitacional e passam a constituir investimento positivo em outros segmentos de mercado (comercial e de serviços, principalmente).
Esse é um fenômeno comum nas cidades brasileiras e esteve diretamente associado à dinâmica de urbanização e ao aumento do peso do setor terciário na economia, que passou a demandar um volume relativamente maior de imóveis para a sua operação. Essas tendências continuam no futuro e a elas se soma outra tendência associada à dinâmica do mercado imobiliário, que é a crescente demanda por imóveis residenciais em apartamentos.