Projeção feita por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que o Piauí ficará 64 dias com déficit de leitos de terapia intensiva durante o pico da pandemia da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
Atualmente com mais de 50 casos confirmados, o Estado corre contra o tempo para garantir a estrutura mínima. A pesquisa ainda sintetiza que vai faltar UTI no Piauí no dia 07 de maio, e o pico da doença no Estado deve ser atingido no dia 24 do mesmo mês, com um número máximo de casos de 1.110.
Obviamente, o isolamento social será imprescindível para que o colapso no sistema de saúde não ocorra, assim, a súplica dos gestores é que a população fique em casa. O estudo disponibiliza aos governos estaduais (incluindo o Distrito Federal) um modelo matemático por meio do qual os gestores poderão projetar e atualizar diariamente a estimativa para a data de ruptura do sistema de saúde (ocupação total dos leitos comuns e/ou de UTI) do seu estado e estimar a quantidade de leitos adicionais necessária para atender a todos os infectados que demandarem atendimento.
Desde a publicação da nota, os pesquisadores têm rodado cenários no modelo proposto para todos os estados: um otimista, em que se presume o índice de contaminação de 0,5% da população (considerando apenas pacientes testados e confirmados), um moderado, com o índice de 1%, e um pessimista, com índice de 2%. E o que eles vêm percebendo é uma piora gradativa nas estimativas, com o esgotamento dos leitos ocorrendo cada vez mais cedo.