O Piauí terá investimentos de US$ 1, 2 bilhão na construção do projeto de exploração de ferro na região Sul do Estado, em parceria com a Índia. Em fase final de pesquisa, os empresários do setor estimam a criação de 2 mil empregos diretos e mais de 3 mil indiretos quando a empresa estiver operando plenamente no Estado, em 2012. Representantes da companhia estiveram ontem a tarde reunidos com o governador Wilson Martins (PSB), mostrando a potencialidade econômica do segmento e articulando para que a ferrovia Transnordestina seja a responsável por escoar a produção.
?Muitos empresários do Canadá e da Austrália já apostam no Estado e investidores como o bilionário Eike Batista, possuem terras piauienses para a exploração de ferro, manganês, titânio, cobre e ouro?, explica João Cavalcanti, diretor de recursos minerais do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi), que também participou da reunião com Martins. Os requerimentos de exploração mineral praticamente dobraram anualmente nos últimos 4 anos, saltando de 192 em 2005 para 1.491 no ano passado.
O diretor ressalta que a conclusão da ferrovia, que é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado, é essencial para que as 5 milhões de toneladas de ferro sejam transportadas anualmente para os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. A área das descobertas fica a 20 km do traçado da ferrovia. Posicionado entre as cinco maiores reservas do país, o Estado possui potencial para ultrapassar a Bahia, hoje na terceira posição.
?O Governo estadual tem dado o maior apoio. O ex-governador Wellington Dias nos recebeu três vezes para tratar das licenças ambientais concedidas e o governador Wilson Martins é um dos grandes incentivadores do projeto?, revela Cavalcanti. Após dois anos de pesquisas, a produção da mina, avaliada em US$ 2,4 bilhões será exportada, principalmente, para a Índia e a China. (S.B.)