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PGR rebate defesa de Bolsonaro e reforça denúncia no STF

Caso a acusação seja aceita, o ex-presidente e seus aliados podem se tornar réus

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro | Foto: Brenno Carvalho
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) contestou, nesta quinta-feira, as alegações das defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros investigados na denúncia que os acusa de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que os argumentos apresentados sejam rejeitados e reforçou o pedido de recebimento da denúncia.

O parecer foi enviado a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que no último sábado solicitou a posição da PGR sobre as respostas apresentadas pelos acusados. Se a denúncia for aceita pelo STF, Bolsonaro e os demais investigados passarão à condição de réus.

Núcleo central da denúncia

A PGR dividiu a acusação em cinco núcleos para facilitar a análise do caso. Neste primeiro grupo, além de Bolsonaro, estão incluídos quatro ex-ministros de seu governo:

  • Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa)
  • Anderson Torres (Justiça)
  • Paulo Sérgio Nogueira (Defesa)
  • Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)

Outros nomes ligados ao governo Bolsonaro também fazem parte do núcleo:

  • Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou acordo de delação premiada

A denúncia da PGR aponta que o grupo atuou na articulação de um plano para tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter Bolsonaro no poder. O caso agora segue para avaliação do STF, que decidirá se os acusados irão a julgamento.

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