Não temos nenhum interesse em mantê-lo preso se não for necessário
Preso por tentar subornar uma testemunha do mensalão do DEM de Brasília, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) pode ser solto quando a fase de depoimentos de outras testemunhas do caso foi concluída pela Justiça. A possibilidade foi cogitada nesta quarta-feira (24) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel: ?Não temos nenhum interesse em mantê-lo preso se não for necessário.?
Na avaliação do procurador-geral da República, se não fosse o episódio da tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, Arruda não teria sido preso. Como tentou atrapalhar o depoimento que supostamente Sombra daria à Polícia Federal, o governador foi privado da liberdade no dia 11 de fevereiro. Sem testemunhas para depor ou provas para colher, na avaliação de Gurgel, Arruda não representaria ameaça ao trabalho dos agentes e poderia ser solto.
O procurador-geral da República não revelou, no entanto, quantas testemunhas ainda faltam depor no inquérito do mensalão do DEM de Brasília, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também não há previsão para a análise do pedido de revogação da prisão, apresentado pelos advogados do ex-governador ao presidente do inquérito, ministro Fernando Gonçalves.