PGR deve deixar denúncia de Jair Bolsonaro para depois da eleição municipal

Procuradoria busca agir sem 'açodamentos' no caso das joias sauditas para evitar críticas de atuação política

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Ex-presidente Jair Bolsonaro | Imagem: Reprodução

A liderança da Procuradoria-Geral da República (PGR) está considerando uma data importante para avaliar o relatório da Polícia Federal sobre o inquérito das joias e decidir se e quando apresentar uma denúncia contra os investigados ao Supremo Tribunal Federal. Se a acusação for aceita pela Corte, Bolsonaro se tornará réu. (As informações são do Blog da Malu Gaspar/O Globo).

Segundo fontes próximas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, a liderança da PGR tem um prazo informal para decidir se denuncia Jair Bolsonaro, Mauro Cid e mais 10 pessoas no inquérito das joias sauditas: 16 de agosto, data de início da propaganda eleitoral. 

Gonet quer evitar acusações de agir politicamente ou de que as investigações sejam usadas na campanha, mesmo sabendo que o caso surgirá nos debates eleitorais. Portanto, se não denunciar Bolsonaro, Mauro Cid e outros até 16 de agosto, só o fará após o período eleitoral, após o segundo turno – cenário mais provável. Nas palavras de um aliado do PGR, sem "açodamentos". 

Bolsonaro, Mauro Cid e outras 10 pessoas foram indiciadas por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, relacionados à apropriação irregular de quatro kits de joias recebidos por Bolsonaro enquanto era chefe de Estado. 

Os crimes atribuídos a Bolsonaro pela PF podem resultar em penas de até 32 anos. Na cúpula do PL, partido de Bolsonaro, já se dá como certo que a PGR vai denunciá-lo pelos mesmos crimes. Gonet assumiu o cargo indicado por Lula, com apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes – este último, considerado inimigo número 1 pela militância bolsonarista, é relator das principais investigações contra Bolsonaro e seus aliados. 

O regimento interno do STF prevê que a PGR tem 15 dias, a partir do recebimento do relatório final da PF, para decidir se denuncia, arquiva ou solicita mais provas. Esse prazo começará a contar apenas em agosto, após o recesso e o retorno das atividades do STF.



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