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PGR aguarda defesa de Bolsonaro informar data de cirurgia autorizada por Moraes

Procedimento foi classificado como eletivo; STF ainda definirá logística, segurança e custódia

Bolsonaro está preso desde Novembro de 2025 | Foto: Sergio Lima / AFP
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) aguarda a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informar a data e o local da cirurgia autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A autorização foi concedida na sexta-feira (19), após laudo médico apontar a necessidade de intervenção cirúrgica, sem caráter de urgência.

A decisão de Moraes atendeu a um pedido da defesa de Bolsonaro, baseado em perícia médica oficial realizada pela Polícia Federal. O laudo constatou que o ex-presidente é portador de hérnia inguinal bilateral e indicou que a maioria dos médicos recomenda a cirurgia, classificada como eletiva, ou seja, passível de agendamento prévio.

No despacho, o ministro deixou claro que cabe à defesa informar previamente a programação pretendida para o procedimento. 

“Caso haja a opção pela cirurgia por parte do réu, a mesma não será em caráter urgente, mas sim em caráter eletivo”, diz o documento, com base no laudo nº 2924/2025.

Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral e deve passar por cirurgia - Foto: Reprodução

Próximos passos do processo

Após a definição da data e do local pela defesa, a PGR terá prazo de 24 horas para se manifestar. Em seguida, Alexandre de Moraes deverá decidir sobre os aspectos logísticos relacionados à cirurgia, incluindo a transferência de Bolsonaro da Superintendência da Polícia Federal até o hospital.

Também caberá ao STF definir se haverá autorização para acompanhamento de familiares, em quais condições isso poderá ocorrer e quais serão as regras de segurança e custódia durante todo o procedimento médico.

De acordo com a CNN Brasil, a expectativa é que, considerando os trâmites burocráticos e a necessidade de manifestação da PGR, a cirurgia possa ocorrer no domingo (21) ou na segunda-feira (22). A data, no entanto, depende exclusivamente da comunicação oficial da defesa ao Supremo.

Até que essa etapa seja cumprida, não há definição formal sobre quando o procedimento será realizado.

Detalhes do laudo médico

O laudo da Polícia Federal aponta que, embora a cirurgia não seja emergencial, a condição de Bolsonaro exige acompanhamento. Além da hérnia inguinal bilateral, os peritos identificaram que os soluços persistentes apresentados pelo ex-presidente têm relação com um bloqueio do nervo frênico.

Segundo a perícia, a continuidade do quadro pode prejudicar o sono e a alimentação, além de aumentar o risco de complicações associadas à hérnia. Durante o exame, Bolsonaro teria apresentado entre 30 e 40 soluços por minuto, sem remissão, o que reforçou a recomendação médica pela realização do procedimento.

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