O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, preso nesta quarta (16) pela Polícia Federal do Rio, pediu transferência para o Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, onde recebe tratamento cardíaco, mas permanece no Hospital Municipal Souza Aguiar.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a prefeitura deu autorização para a transferência, mas a Polícia Federal negou o pedido. Em função disso, o ex-governador continuará internado na unidade do município. Para justificar a requisição de mudança de local, ele apresentou um laudo assinado por um médico particular, que não é um documento oficial do Souza Aguiar.
Garotinho passou mal depois de ser preso, acusado de fraude na eleição municipal em Campos dos Goytacazes, no norte do estado, onde é secretário de governo.
Ele foi preso no apartamento dele, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. O ex-governador é um dos investigados na Operação Chequinho, que apura o uso do programa social Cheque Cidadão para a compra de votos na cidade de Campos, onde a mulher dele, Rosinha Matheus, é prefeita.
A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na noite desta quarta um pedido de liberdade movido pela defesa do ex-governador do Rio.Segundo as investigações, em troca de votos, eleitores eram inscritos no programa que dá R$ 200 por mês a famílias de baixa renda.
Os advogados do ex-governador negam as acusações e dizem que a prisão foi ilegal.
Anthony Garotinho foi governador do estado do Rio de Janeiro de 1998 a 2002, quando concorreu à presidência. A mulher dele, Rosinha Garotinho, foi eleita governadora do estado, e ele foi secretário de Segurança de seu governo. Neste período, uma série de denúncias de crimes eleitorais e comuns recaíram sobre o casal.