Após cinco anos, a Polícia Federal (PF) mudou, após cinco anos, sua interpretação das mensagens trocadas entre o policial da Divisão de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro, Marco Antônio de Barros Pinto, conhecido como Marquinho DH, e a testemunha Rodrigo Ferreira, o Ferreirinha, no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Marquinho DH foi indiciado sob suspeita de obstruir as investigações com base nessas mensagens, o que não havia sido considerado crime anteriormente.
O delegado Leandro Almada, atual Superintendente da PF no Rio, que presidiu a investigação em 2019, assinou o relatório enviado recentemente ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso Marielle. A PF afirma que o contexto das mensagens foi reavaliado após a entrada oficial da corporação na investigação do homicídio.
A PF declarou que, na época da primeira investigação, não tinha conhecimento do envolvimento dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages na suposta obstrução da investigação. Essa informação surgiu a partir da delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime.
Além disso, a PF prendeu recentemente o deputado federal Chiquinho Brazão, o irmão Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa sob suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle. Giniton e Marquinho DH estão sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, enquanto Barbosa foi detido sob suspeita de planejar o crime e atrapalhar a investigação.
A revisão da interpretação das mensagens veio à tona no relatório enviado ao STF, quase cinco anos depois do início da investigação. A PF alega que os indícios de manipulação de testemunha indicam que Marquinho DH teve participação direta na obstrução da investigação ao influenciar Ferreirinha no inquérito. Essa mudança de interpretação tem sido alvo de debates sobre a transparência e eficiência das investigações no caso Marielle.
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