A Polícia Federal investiga 29.839 crimes contra a administração pública conforme relatório da corporação enviado ao Ministério da Justiça e à Casa Civil. De acordo com o documento, os crimes com maior ocorrência nos últimos sete anos foram corrupção, peculato, tráfico de influência, fraudes em licitações, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e concussão (extorsão praticada por funcionário público).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, que divulgou na edição deste domingo (14) detalhes sobre o relatório. As investigações foram iniciadas, em sua grande maioria, a partir de 2003. Nesse período de sete anos, a PF deflagrou 1.023 operações, nas quais prendeu 13.024 suspeitos. O maior volume de inquéritos foi instaurado entre 2008 e 2009, quando os federais executaram 523 missões que culminaram com a prisão de 5.138 investigados, "envolvidos em vultosos desvios de recursos federais."
O objetivo do relatório é identificar fraudadores do Tesouro Nacional em oito modalidades previstas no capítulo do Código Penal que trata dos crimes contra a administração. Os quase 30 mil inquéritos estão distribuídos pelas 27 superintendências regionais da PF.
No relatório, a PF também alerta para a necessidade da criação de divisões com atribuições específicas para reprimir desvios de recursos e investigar servidores e políticos envolvidos em malversação.