Nesta terça-feira (21), a Polícia Federal iniciou uma nova etapa da Operação Lesa Pátria, com o propósito de identificar indivíduos que instigaram e participaram dos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Dez investigados estão sujeitos a medidas, incluindo duas prisões preventivas e dez mandados de busca e apreensão, todos emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ações visam apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas cidades de João Pessoa, Cabedelo (PB), Bayeux (PB), Mirassol do Oeste (MT) e Cáceres (MT).
Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Deflagrada dias após o 8 de janeiro, a Lesa Pátria ser tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas. A operação da PF tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.
Uma das frentes da investigação visa identificar os possíveis autores intelectuais, sendo esta a linha que pode envolver o ex-presidente Jair Bolsonaro. Outra abordagem tem como alvo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento, bem como pelo transporte de apoiadores de Bolsonaro para Brasília.
O terceiro enfoque da Polícia Federal concentra-se nos vândalos, com o objetivo de identificar e detalhar a conduta de cada indivíduo envolvido na depredação dos prédios históricos da capital federal. A quarta linha de investigação foca em autoridades que foram omissas durante os eventos de 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos envolvidos nos incidentes.
(Com informações da FolhaPress)