A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) executaram nesta segunda-feira (3) quatro mandados de busca e apreensão em Patos (PB), na segunda fase da Operação Outside. A investigação apura um suposto esquema de fraude em obra pública no valor de R$ 6 milhões, com indícios de que uma servidora municipal teria usado seu cargo para beneficiar uma empresa contratada pela prefeitura.
O prefeito Nabor Wanderley Filho (Republicanos) – pai do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) – não é alvo das investigações. A PF destacou que as diligências desta fase focam na atuação da servidora, identificada como peça-chave para favorecimentos irregulares na contratação.
A operação teve início em 12 de setembro de 2024, quando a CGU e a PF realizaram fiscalizações que confirmaram irregularidades nos processos licitatórios. A análise de documentos apreendidos na primeira fase revelou a participação de novos envolvidos, levando à expansão das investigações.
Segundo as autoridades, a empresa beneficiada teria obtido vantagens indevidas na execução da obra, com possíveis superfaturamentos ou desvios de recursos. A PF não divulgou detalhes sobre a identidade dos investigados, mas reforçou que as provas coletadas serão essenciais para determinar a extensão do esquema.
A Operação Outside integra um esforço conjunto de órgãos de controle para coibir corrupção em municípios, especialmente em contratos de infraestrutura. O caso segue em sigilo, com possíveis novas etapas dependendo das evidências colhidas.