Dias após a aprovação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados, parlamentares têm registrado uma redução expressiva de seguidores em suas redes sociais. De acordo com levantamento da repórter e colunista da Rádio Itatiaia, Edilene Lopes, durante o programa CNN Arena, deputados com base digital entre 400 mil e 500 mil seguidores relataram perdas que chegam a 15 mil perfis.
O fenômeno tem gerado apreensão entre os congressistas, especialmente considerando a proximidade das eleições. Especialistas em comunicação política alertam que a rejeição nas plataformas digitais pode refletir diretamente na intenção de voto, influenciando o desempenho eleitoral de alguns parlamentares.
Centrão em posição delicada
O cenário político se mostra mais complexo para o Centrão, que ficou fragilizado após a votação da PEC. Enquanto parlamentares de direita justificaram o voto como uma forma de proteção contra decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), alguns parlamentares de esquerda que apoiaram a medida já anunciaram que não concorrerão à reeleição.
Além disso, o Centrão enfrenta resistência de prefeitos e eleitores de suas bases, o que pode comprometer candidaturas futuras. Esse contexto tem levado os congressistas a evitar temas polêmicos em votação, buscando reduzir desgaste político junto ao eleitorado.
Resistência à Anistia e cautela no Congresso
O Projeto de Anistia ampla, discutido após a PEC, tem enfrentado oposição tanto da direita quanto da esquerda, principalmente em relação à forma de dosimetria da medida. Apenas parlamentares do centro político demonstram interesse em aprovar a proposta, revelando um momento de cautela no Congresso Nacional.
O episódio evidencia como decisões recentes podem gerar repercussões imediatas nas redes sociais, influenciando estratégias eleitorais, articulações políticas e a agenda legislativa. Parlamentares buscam agora equilibrar posicionamentos para não comprometer futuras eleições e manter boa imagem perante a opinião pública.
Impacto político e eleitoral
A queda de seguidores nas redes sociais também reforça a percepção de que a popularidade digital passou a ser um indicador relevante de avaliação eleitoral. Para o Centrão, a situação exige cautela redobrada na escolha de pautas e na comunicação com o eleitorado, evitando medidas que possam ser interpretadas como proteção de interesses próprios ou corporativos.