Parlamentares governistas pedem “cautela” nas investigações da CPI

A oposição critica o que chama de “excesso de controle do comando da CPI”

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Representantes do PT e do PMDB tentarão restringir as investigações sobre a construtora Delta ao centro-oeste, onde a empresa ? que é alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira - estaria envolvida no pagamento de propina. A empreiteira recebeu pagamentos do governo federal que ultrapassam R$ 4 bilhões nos últimos doze anos.

Há contratos milionários da construtora também no estado do Rio de Janeiro, mas que não são alvo da CPMI, instalada nesta semana no Congresso para investigar o envolvimento de políticos e empresários com o bicheiro Carlos Augusto Almeida Ramos. Ele é apontado como chefe de uma quadrilha de jogo ilegal em Goiás e foi preso em fevereiro pela Polícia Federal.

A oposição critica o que chama de "excesso de controle do comando da CPI", uma vez que as investigações estão nas mãos do governo.

?Nós temos de ir além especialmente investigando as relações de promiscuidade dessa quadrilha com os entes públicos, município, estado e União, com contratos milionários, superfaturados?, disse o senador tucano Álvaro Dias (PR).

Já parlamentares governistas defendem ?cautela? nas investigações.

?Cautela quer dizer cuidado, quer dizer não acusar pessoas que sejam inocentes, igualmente só acusar com provas, não atacar instituições que não tenham qualquer envolvimento, isso quer dizer cautela, mas não quer dizer falta de firmeza. Nós temos que ser firmes pra denunciar todos aqueles que estejam, envolvidos com essa organização criminosa?, afirmou o petista Paulo Teixeira (SP).

A CPMI deve ouvir primeiramente os policiais federais que fizeram as investigações e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Só depois seriam convocados para depor os principais personagens da denúncia: Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido / GO) e Fernando Cavendish e Cláudio Abreu, ambos ligados à construtora Delta.

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