Parecer defende manutenção de Arruda na prisão

Os procuradores dizem ainda que Arruda foi submetido a “tratamento médico intenso”

José Arruda | Divulgação
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A Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou nesta quinta-feira (25) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) parecer em que defende que seja negado o pedido de liberdade feito pelos advogados do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).

Segundo o parecer, o ex-governador mantém a capacidade de ?alterar a verdade que está sendo apurada no inquérito? que apura o suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. ?É a prisão preventiva que tem restringido sua capacidade de influir na prova?, diz a PGR.

No parecer, assinado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a subprocuradora-geral, Raquel Dodge, a PGR rebate os argumentos dos advogados do ex-governador no pedido de liberdade. A defesa de Arruda alega que há piora nas condições de prisão enfrentadas por ele na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde 11 de fevereiro.

?As fotos da sala especial que ele ocupa revelam que o ambiente é amplo, iluminado, ventilado, refrigerado, mobiliado e limpo. O requerente toma banho de sol duas vezes ao dia, faz caminhadas e recebe visitas. Os alimentos que ele ingere são trazidos de sua própria residência. A longa lista de consultas médicas e de enfermagem qualificadas que ele teve, em média duas vezes ao dia desde a data da prisão, e os exames laboratoriais e específicos realizados no mesmo período, revelam que ele recebeu assistência médica intensa e adequada. Além disto, recebeu assistência diária de seus advogados, em contatos pessoais e reservados?, diz o parecer da PGR.

Os procuradores dizem ainda que Arruda foi submetido a ?tratamento médico intenso? na prisão ?11 de fevereiro a 12 de março, ele teria passado por 24 consultas médicas de várias especialidades. ?Teve sua pressão arterial medida diariamente, mais de uma vez. Fez vários exames, inclusive para controle de glicemia, e recebeu orientação para uso de medicamentos?, diz a PGR.

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