Na opini?o de tr?s integrantes da c?pula do governo, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, ser? candidata ? Prefeitura de S?o Paulo em outubro deste ano. Dois deles avaliam que a press?o do PT crescer? ainda mais e que ela n?o ter? alternativa pol?tica, caso queira se manter como a estrela de primeira grandeza petista em S?o Paulo.
Um terceiro auxiliar direto do presidente acha que Marta quer ser candidata, mas se preserva politicamente. Leia-se: n?o assume antes da hora um projeto de seu interesse.
Pela lei eleitoral, o prazo de desincompatibiliza??o para concorrer a prefeito e vice-prefeito ? de quatro meses, menor do que os tradicionais seis meses que valem para outros cargos. Assim, Marta tem at? o in?cio de junho para deixar o minist?rio.
Obviamente, ela precisar? tomar uma decis?o com anteced?ncia e torn?-la p?blica, provavelmente em abril. Se quiser concorrer, n?o faz sentido assumir esse desejo agora, no in?cio do ano. Na hora em que disser que ser? candidata, todos os seus atos no minist?rio ser?o vistos como medidas para vitamin?-la eleitoralmente. Sua vida viraria um inferno.
As press?es petistas para Marta se candidatar aumentaram ap?s pesquisa Datafolha realizada no final de novembro passado. Ela estava em situa??o de empate t?cnico com o tucano e ex-governador Geraldo Alckmin. Marta obteve 25% enquanto Alckmin alcan?ou 26%. No mesmo cen?rio da pesquisa, o prefeito atual e virtual candidato ? reelei??o, Gilberto Kassab, registrou 13%. Paulo Maluf (PP), eterno candidato, marcou 11%. E Luiza Erundina (PSB), 8%.
A pesquisa mostrou que Marta ? um nome altamente competitivo no primeiro turno. Ela, por?m, teme enfrentar Alckmin numa eventual segunda rodada. Na simula??o do Datafolha, o tucano venceria a petista por 53% a 39%. No entanto, em levantamento feito em agosto, dois meses antes, a diferen?a era de 22 pontos: 57% a 35%. Marta, portanto, teria potencial para virar o jogo na campanha. N?o seria uma briga f?cil, mas tamb?m ela estaria longe de entrar na disputa j? derrotada.