Após a decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, na segunda-feira (4), parlamentares da oposição ocuparam os plenários da Câmara e do Senado nesta terça (5).
Deputados e senadores prometeram obstruir a pauta do Congresso até que os presidentes Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) discutam a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e propostas que visam restringir poderes do STF.
No início da tarde, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) divulgou uma foto sentado na mesa da Presidência do Senado, ao lado dos senadores Magno Malta, Damares Alves, Jorge Seif, Izalci Lucas e Jaime Bagattoli, todos do PL ou aliados.
Na legenda, Eduardo Girão afirmou que ele e os colegas permaneceriam no plenário “até que Davi Alcolumbre, que tem ignorado senadores de oposição e independentes há 15 dias, tome uma atitude para devolver a democracia ao Brasil”. O senador também fez uma transmissão ao vivo do local em seu perfil no Instagram.
Mais cedo, parlamentares da oposição classificaram como “escalada autoritária” a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro. O grupo pressiona o Senado para dar andamento a um pedido de impeachment contra o magistrado do STF.
O Senado é a Casa responsável por processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade. Moraes já é alvo de quase 30 pedidos do tipo. Cabe ao presidente do Senado dar encaminhamento à denúncia.