A Polícia Federal deflagrou terça-feira (19) a Operação Contragolpe, investigando um plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Entre os alvos estão militares da reserva, incluindo o general Mário Fernandes, o assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), e o policial federal Wladimir Matos Soares. A operação investiga ações golpistas ocorridas após as eleições de 2022.
O general Mário Fernandes, que ocupava cargos de destaque no governo Bolsonaro, é apontado como um dos articuladores do plano, tendo inclusive pressionado o então comandante do Exército, general Freire Gomes, que rejeitou retornar à trama. A PF concordou com mensagens e depoimentos que indicam a participação de Fernandes em reuniões conspiratórias. Ele já havia sido alvo da Operação Tempus Veritatis, relacionada a práticas antidemocráticas.
“KIDS pretos”
A investigação apura o envolvimento de outros militares, conhecidos como “kids pretos”, membros de forças especiais treinadas em técnicas avançadas de combate. Esses militares participaram de reuniões para coordenar ações golpistas e planejaram os ataques. De acordo com a PF, o plano incluía as políticas de assassinato de lideranças e a criação de um gabinete para administrar a crise resultante, o chamado “Punhal Verde e Amarelo”.
Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com apoio do Exército. A PF investiga crimes de organização criminosa, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Restos de equipamentos militares usados em treinamento foram encontrados e reforçam as suspeitas. À medida que as ações avançam, com novas fases da operação previstas.
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