“O Brasil não pode ter teto de gastos para a educação ”, diz Camilo Santana

Camilo destacou que há municípios mais pobres com resultados melhores na educação.

Ministro Camilo Santana | Marcelo Camargo / Agência Brasil
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O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou nesta segunda (17) a necessidade de melhorar a aplicação dos recursos públicos na área e disse que há situações no país em que municípios mais pobres têm melhores resultados do os municípios com mais recursos.

"Então a questão não está só no recurso. Está na governança, no planejamento, no acompanhamento de metas e resultados. São dois eixos importantes que a gente precisa ter um olhar: ampliação dos investimentos da educação básica e maior qualidade na aplicação desses recursos", declarou.

O que aconteceu

Camilo Santana participou de um encontro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em Paris, onde foram debatidas questões sobre a implementação das metas de educação previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conforme a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Temáticas

O ministro tratou ainda da questão do financiamento e enumerou motivos pelos quais considera necessário ampliar os investimentos no Brasil, especialmente na educação básica.

"Foi feito um levantamento recente pela OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico]. Dos 41 países que participaram, o Brasil é o terceiro com o menor orçamento para educação básica. O Brasil investe na educação básica em torno de US$ 3.580 por aluno matriculado. A média dos países da OCDE é de quase US$ 11 mil. Ou seja, estamos investindo um terço desses países. Diferentemente da educação superior, em que o Brasil já investe a média dos países da OCDE, que é mais ou menos em torno de quase US$ 15 mil por aluno", afirmou.

Mais investimentos

O ministro defendeu o aumento dos investimentos na área educacional e afirmou que nunca foi procurado para discutir a redução dos recursos da pasta. "O Brasil não pode ter teto de gastos para a educação e muito menos cortes simplesmente para cumprir metas fiscais", relatou. (Com informações da Agência Brasil)

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