Nunes critica Uber por oferecer transporte por moto em SP: 'Indignado'

O anúncio da Uber ocorre em um momento de disputa jurídica entre a Prefeitura de São Paulo e a 99

Ricardo Nunes | Reprodução
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestou críticas nesta quarta-feira (22) à decisão da Uber de oferecer transporte de passageiros por moto na capital paulista, seguindo os passos da concorrente 99. Segundo Nunes, a iniciativa da empresa demonstra foco exclusivo no lucro, ignorando os riscos que esse serviço pode representar à vida das pessoas.

O anúncio da Uber ocorre em um momento de disputa jurídica entre a Prefeitura de São Paulo e a 99, envolvendo questões regulatórias e de segurança sobre o uso de motocicletas para transporte de passageiros.

“Estou um pouco indignado de ver uma empresa desse porte só visando ao lucro, nessa ganância pelo lucro, desconsiderando o risco à vida das pessoas”, disse (veja vídeo acima).

Quando a 99 anunciou o serviço, Nunes chegou a dizer que a empresa iria promover uma "carnificina" na cidade em razão da falta de segurança das motos e pediu à população que não usasse o serviço. Desde então, a prefeitura tem feito apreensões de motocicletas que estavam sendo usadas como mototáxi.

A Uber informou que resolveu colocar a plataforma de motos no ar depois que uma nova decisão judicial impediu que a concorrente 99 fosse multada em R$ 1 milhão por dia por manter o serviço no ar, apesar de um decreto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) proibir esse tipo de serviço na cidade.

Durante uma entrevista à imprensa na Zona Sul, o prefeito afirmou nesta quarta que vai apresentar uma queixa-crime contra as duas companhias para que sejam investigadas pela Polícia Civil por infração da lei municipal.

“Vamos entrar hoje com uma ação junto à Polícia Civil comunicando o descumprimento da legislação e fazendo uma queixa-crime, um comunicado de descumprimento. Isso vai ensejar um inquérito policial porque a gente tem apresentado dado, tem conversado e falado que essa atividade vai aumentar o número de óbitos. Mesmo assim, eles insistem em fazer essa atividade”, declarou.

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