Nome de Bolsonaro aparece em 1º lugar em concurso para professor no Espírito Santo

A prefeitura abriu o processo seletivo para contratação temporária de professores, e o resultado foi publicado na última segunda-feira (27)

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Montagem/MeioNews
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O nome de Jair Messias Bolsonaro foi divulgado em primeiro lugar na lista de classificação para uma vaga de professor de educação física na rede municipal de ensino fundamental de São Mateus, no Espírito Santo. O candidato, com 75 pontos, foi considerado apto para a função, mas as autoridades locais investigam se houve uso indevido do nome do ex-presidente ou se trata de um homônimo.

A prefeitura abriu o processo seletivo para contratação temporária de professores, e o resultado foi publicado na última segunda-feira (27).

Jair Messias Bolsonaro aparece na lista com 75 pontos e apto para ocupar o cargo de professor de educação física - Foto: Reprodução

Questionamentos sobre a identidade do candidato

Após a divulgação da lista, surgiram dúvidas sobre a veracidade das informações do candidato. O secretário de Educação de São Mateus, Edson Pirola, afirmou que acredita ter sido um ato intencional. "É uma tremenda falta de respeito com todos. Já sabemos que essa pessoa agiu de má-fé, ela usou documentos falsos, isso é falsidade ideológica", declarou.

O Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo (CREF-ES) informou que o nome em questão não possui registro no órgão, o que inviabilizaria a atuação como professor na área.

Processo seletivo segue com investigação

A prefeitura emitiu um comunicado confirmando que a inclusão do nome de Jair Bolsonaro no resultado classificatório "decorre da utilização de dados falsos no momento da inscrição". A candidatura foi indeferida oficialmente por falta de comprovação documental.

A vereadora Valdirene Bernadino (PT) afirmou que o processo seletivo permanecerá em andamento. "O processo vai permanecer. Esse fato que aconteceu não vai atrapalhar o processo", disse a parlamentar, destacando que a verificação dos documentos é etapa fundamental para deferir ou não as inscrições.

Especialistas em direito civil e administrativo avaliaram o caso. Henrique Herkenhoff, pós-doutor em administração pública pela UFES, afirmou que não há quebra de lisura no processo seletivo. "Cabe ao órgão verificar publicamente a veracidade dos documentos para comprovar a capacidade técnica de cada participante", disse.

Para mais informações, acesse meionews.com

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