“Não vamos desistir”, afirma Regina Sousa sobre CPI SwissLeaks

Sousa ressaltou que não desistirá da CPI

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Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de evasão fiscal envolvendo o banco HSBC na Suíça, a senadora piauiense Regina Sousa (PT) lamentou na manhã de ontem as dificuldades enfrentadas na condução da apuração, convergindo para os esforços no andamento das investigações, de modo que elas não sejam sepultadas.

"É uma CPI muito difícil, pois o Brasil não tem acordo de cooperação com a Suíça, assim ela não passa os dados oficialmente pra gente, então nós estamos aguardando que os dados sejam passados pro Itamaraty, para o Itamaraty passar para a CPI", declarou.

Segundo a parlamentar, a lista contendo as 5.549 contas abertas por brasileiros, inclusas na investigação, é de conhecimento da Comissão, contudo, por ter sido obtida através de vazamentos, sua divulgação fica prejudicada.

"O que a gente tinha que ouvir, já ouviu, apesar de sabermos dos nomes, não podemos lançá-los, porque é clandestina aquela lista; ou seja, temos acesso, mas não podemos divulgar, pois não é uma lista oficial, não foi oferecida, foi uma pessoa que a conseguiu e divulgou, se a revelássemos estaríamos cometendo um crime", disse.

Nisso, Sousa ressaltou que não desistirá da CPI, principalmente pelos empecilhos constatados, como por exemplo, a resistência em conseguir a quebra do sigilo bancário dos investigados, problema reverberado em recente entrevista pelo presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

"A burocracia desse país faz com que essa CPI que é uma das principais e é muito maior do que a da Petrobras, não tenha um desfecho que a gente quer que tenha, mas não vamos desistir, temos um grupo bom, o senador Randolfe, Paulo Rocha (PT), Vanessa Grazziotin (PC do B), pra não deixar ela morrer, porque a gente percebe que tem alguém querendo que ela morra", impôs a petista.

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