O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em entrevista no início da noite desta sexta (21) que precisará reforçar a infraestrutura da área de tecnologia da informação do ministério, mas negou que os problemas com o SiSU tenham sido motivados por falta de planejamento.
Os problemas com o SiSU começaram no domingo (16), quando foram abertas as inscrições para o programa que seleciona os estudantes que fizeram o Enem. Muitos estudantes alegaram dificuldades para acessar o site. O excesso de tráfego, segundo o MEC, tornou o sistema lento. Para compensar, o ministério criou um limitador de tempo de uso da ferramenta.
Haddad afirmou que uma auditoria vai identificar qual foi o problema. Segundo o ministro, a suspeita principal recai sobre a configuração de uma das máquinas, que estava sendo substituida. "Sei o que não causou. Não foi falta de planejamento, não foi internet, não foi capacidade de rede, não foi aplicativo", disse.
O ministro também afirmou que não era esperado um número tão grande de inscritos. Segundo ele, o sistema chegou a atingir um pico máximo de 1.303 inscrições por minuto.
"Em nenhum momento nós esperávamos mais de 1 milhão de inscritos. A série histórica é de 800 mil inscritos. Por isso, esperávamos um número próximo a isso, mas a demanda foi maior", declarou.
Segundo ele, o pico de uso do sistema foi atingido horas antes do encerramento do prazo de inscrições, o que fortaleceria o argumento de que o processo não foi interrompido enquanto inúmeros alunos ainda tentavam se inscrever.
"Nós atingimos um pico do sistema antes do fim do processo, e foi esse o dado técnico levado ao desembargador para defender a liminar", declarou Haddad.
O ministro disse ainda que vai precisar reforçar área de infraestrutura de tecnologia da informação. "Vamos precisar descobrir que tipo de evento provocou os problemas no domingo e na segunda-feira. Na minha opinião, o problema demorou a ser resolvido. Por que um sistema que operou tão bem no meio do ano e que está com infra-estrutura adequada."