FÁBIO ZANINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar diz que seu partido não fará oposição "de jeito nenhum" ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Temos princípios econômicos diferentes, mas o que mais importa é o fortalecimento da democracia. Queremos dar governabilidade e sustentação ao presidente Lula e apoiaremos com o maior prazer seu governo. Não vamos ser oposição de jeito nenhum", afirma ele, que foi reeleito deputado federal por Pernambuco.
Bivar está fora do país e retorna na próxima quarta-feira (9) para conversar com representantes de Lula sobre a relação do partido com o governo a partir de 2023.
"Não vamos conversar com o PT em clima de fisiologismo, mas sim de fortalecer as instituições e a democracia. O União é um partido grande e independente e pode ajudar o novo governo", diz.
Uma eventual decisão sobre participar do governo teria de partir de Lula, afirma. "É um assunto que só o PT pode oferecer".
A legenda terá 59 deputados federais a partir da próxima legislatura e dez senadores, além de ter eleito cinco governadores.
O apoio a Lula não é unânime dentro do partido, contudo. Lideranças egressas do antigo DEM, uma das legendas que deram origem ao União, são resistentes a aderir ao petista.
Bivar diz que, em caso de convite, levaria o tema para as instâncias partidárias.
Ele é citado como um possível candidato a presidente da Câmara em fevereiro de 2023. Nesse caso, seu projeto seria concorrer com apoio da base de Lula contra o atual ocupante do cargo, Artur Lira (PP-AL).