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'Nada justifica o genocídio em curso em Gaza', diz Lula em discurso na ONU

Delegação da Palestina não participa presencialmente da reunião deste ano, após o governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, revogar todos os vistos de membros.

Presidente Lula | Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Em seu discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a ausência da delegação palestina na reunião e afirmou que "nada justifica o genocídio em curso em Gaza". 

Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo, mas nada, absolutamente nada justifica o genocídio em curso em Gaza, afirmou Lula. 

A delegação da Palestina não participa presencialmente da reunião deste ano, após o governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, revogar todos os vistos de membros do governo palestino. Lula discursa nesta terça-feira (23) na abertura do debate de líderes do organismo multilateral. O discurso dele será seguido pela fala do presidente norte-americano, Donald Trump.

A Assembleia Geral da ONU é o principal evento das Nações Unidas e acontece anualmente. Durante a assembleia, líderes dos 193 países membros da ONU discursam. Este ano, o evento ocorre entre os dias 22 e 24 de setembro.

Na última sexta-feira (19), a ONU permitiu que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, participe por videoconferência do evento em Nova York.

No pronunciamento, o petista comentou a exclusão da delegação palestina da reunião. Para Lula, a decisão dos EUA de barrar a participação do grupo representa um sinal de fragilidade democrática dentro da própria ONU. 

Fim da crise humanitária

Lula tem feito apelos pelo fim da crise humanitária na Faixa de Gaza, desde o acirramento do conflito entre Israel e o Hamas. O Brasil defende a solução de dois Estados, com um da Palestina ao lado de Israel.

No Conselho de Segurança, os Estados Unidos são o único entre os cinco integrantes permanentes a não reconhecer o Estado da Palestina, que desde 2012 é considerado Estado Observador Não Membro da ONU — podendo participar dos debates, mas sem voto.

O futuro do território palestino e o fim do conflito, que já dura quase dois anos, estarão no centro dos debates da Assembleia Geral deste ano.

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