A propaganda eleitoral gratuita do candidato à presidência pelo Psol, Plínio de Arruda Sampaio, veiculada na noite desta terça-feira (7), contou com um depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa. Ele teve seu sigilo bancário violado em 2006 quando acusou o ministro da Fazenda na época, Antonio Palocci, de frequentar uma casa em Brasília acompanhado de lobistas, o que rendeu a destituição de Palocci do cargo.
Na peça do partido, Francenildo critica a comparação que o candidato à presidência tucano, José Serra, vem fazendo do seu caso com as recentes violações de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB, inclusive da filha do candidato, Verônica Serra. "Pra mim ele está sendo oportunista. Acho errado, porque ele está usando minha honestidade", afirma o caseiro no depoimento.
Em seguida, o candidato do Psol aparece em defesa de Francenildo. "Quantos Francenildos estão hoje pelo Brasil afora com seus sigilos violados, seus direitos desrespeitados? Isso acontece quando a política vira um vale-tudo, sem ideologias, sem moralidade. O pior é que isso desvia o debate eleitoral dos grandes problemas", diz.
Francenildo, que é filiado ao Psol, pede votos ao partido e diz que este é o único que esteve sempre ao seu lado. Segundo reportagem publicada nesta segunda-feira (6) na Folha de S. Paulo, a cúpula tucana convidou o caseiro para participar da propaganda eleitoral de Serra, mas ele teria declinado.