Na Cúpula do G20, Lula vai discutir combustíveis, meio ambiente e pobreza

A cúpula é o ponto alto das atividades do G20, e marcará também a reta final da presidência rotativa do bloco

Na Cúpula do G20, Lula vai discutir combustíveis, meio ambiente e pobreza | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está a caminho de Nova Déli, a capital da Índia, onde se juntará aos líderes mundiais na 18ª Cúpula do G20. Este grupo inclui as 19 maiores economias do mundo, juntamente com a União Europeia. A comitiva brasileira partiu imediatamente após o desfile do Dia da Independência, que ocorreu na Esplanada dos Ministérios na quinta-feira, 7 de setembro. A previsão é que eles cheguem à cidade indiana no final da noite de sexta-feira, 8 de setembro, pelo horário oficial de Brasília, o que corresponde à manhã de sábado no país asiático. A reunião de líderes está agendada para os dias 9 e 10.

A cúpula é o ponto alto das atividades do G20, e marcará também a reta final da presidência rotativa do bloco, atualmente com a Índia, e que será assumida pelo Brasil, pela primeira vez, a partir do dia 1º de dezembro. Uma série de reuniões técnicas ocorreram e seguem ocorrendo, inclusive em escala ministerial, entre os países do grupo. 

Na última terça-feira, dia 5, durante o programa "Conversa com o Presidente," transmitido pelo Canal Gov, Lula compartilhou algumas informações sobre os temas que planeja abordar na capital indiana. Um dos pontos principais é a discussão de um acordo com a Índia relacionado a fontes de energia renovável e a cooperação no combate à desigualdade.  

“O Brasil tem muita conversa para fazer. Brasil e Índia vão discutir a questão do etanol como combustível alternativo, que é extremamente importante, e nós temos que discutir com os outros países uma luta contra a desigualdade”, anunciou Lula.

PROGRAMAÇÃO

A programação oficial da cúpula do G20 prevê pelo menos três sessões temáticas principais. No sábado, o presidente Lula participa de duas delas, sendo uma o painel Um Planeta, que se ocupará de temas como desenvolvimento sustentável, transição energética, mudanças climáticas, preservação ambiental e emissões de carbono. A segunda atividade é o painel Uma Família, que tratará de temas como crescimento inclusivo, progresso nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), educação, saúde e desenvolvimento liderado por mulheres.

No domingo (10), está prevista a terceira sessão da cúpula, intitulada Um Futuro, painel que terá como temas as transformações tecnológicas, a infraestrutura pública digital, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego.

PRESIDÊNCIA

Na sequência da terceira reunião, haverá a cerimônia de transferência da presidência do G20. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, falará sobre a presidência da Índia este ano, numa espécie de balanço. Já o presidente Lula vai encerrar o evento, apresentando as prioridades e os desafios da futura presidência brasileira, que começa efetivamente a partir de 1º de dezembro. O Palácio do Planalto não detalhou os possíveis encontros bilaterais de Lula com outros chefes de Estado e de governo.

A presidência rotativa do Brasil no G20 vai até o fim de 2024, quando uma nova cúpula será realizada, no Brasil, no Rio de Janeiro. O encontro está previsto para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro do ano que vem. Na entrevista concedida ao programa Conversa com o Presidente, Lula também ressaltou o protagonismo do Brasil em nível mundial ao longo dos próximos anos, que, segundo ele, reforçam que o país voltou a ter prestígio junto à comunidade internacional.

“Ano que vem o Brasil vai sediar o G20, que será no Rio de Janeiro. Nós vamos presidir o G20 ano que vem, em 2025 nós vamos presidir os Brics, e também em 2025 vamos fazer a COP30, em Belém. São três megaeventos que vão dar ao Brasil uma visibilidade diferente do que ele teve nos últimos anos”, frisou. “O Brasil volta a fazer com que o mundo nos respeite pela seriedade com que a gente trata as pessoas e a seriedade com que a gente trata a questão do clima”, disse o presidente.

(Com informações da Agência Brasil)

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