Após ouvir os empresários, a CPI do do transporte público de Teresina ouviu ex-secretários da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Carlos Daniel e Weldon Bandeira, que falaram sobre a importância da Prefeitura de Teresina subsidiar o sistema de transporte, pois o setor não consegue se sustentar sozinho.
Os depoimentos reforçaram o que os empresários disseram em seus depoimentos que apontaram a necessidade do aporte financeiro ao setor e estudos elaborados para salvar o segmento, que enfrenta dificuldades.
O ex-gestor da Strans, Carlos Daniel, já esteve à frente da pasta no período de 2014 a 2019 e informou que em Teresina existe uma demanda superior a cinco milhões de passageiros e que o sistema não supriu a necessidade da população.
Demanda
“É necessário que se banque o transporte público, o cidadão anda todos os dias nas ruas e precisa todo dia de um transporte. Teresina tem uma demanda de 5/6 milhões de passageiros por mês, então o sistema, infelizmente, não acompanhou a necessidade. Nós, enquanto estivemos na Strans, brigamos diuturnamente para poder fiscalizar e cobrar, para que o sistema funcionasse”, destacou.
O ex-secretário da Strans, Weldon Bandeira deixou claro que o subsídio pago pela Prefeitura de Teresina para as empresas de transporte público serve para cobrir as gratuidades do sistema.
“O subsídio é praticamente o custo das gratuidades, o custo do subsídio dos estudantes, isso é previsto em contrato. Temos a tarifa técnica que é reajustada todo ano, que sempre é maior do que a tarifa efetiva, que é cobrada à população. A diferença que é repassada ao sistema pelo município”, afirmou.
Setut vem tentando diálogo
Consultora jurídica do Sindicato das Empresas de Transportes Ubanos de Passageiros de Teresina (SETUT), Naiara Moraes, informa as ações realizadas pela entidade.
“O Setut vem tentando diálogo com as diversas esferas para intermediar as conciliações e busca de acordo entre as partes. A entidade já oficiou ao MP solicitando a sensibilização sobre a impossibilidade de suspender as audiências de conciliação e averiguar se o pedido feito pelo procurador do município, que propõe suspensão do procedimento de conciliações na esfera do Ministério Público, por tempo indeterminado, não representaria má fé para justificar descumprimento de acordo judicial”, disse.