O Piauí é caracterizado por altas temperaturas e chuvas irregulares. Em virtude desses fatores climáticos, alguns municípios são penalizados pela seca e perdem toda ou boa parte da produção que serviria para abastecer a população local.
Na última terça-feira (13), 42 municípios piauienses decretaram Estado de emergência, mas segundo o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM) e prefeito de Bocaina, Francisco de Macêdo Neto, esse número pode dobrar ou até mesmo triplicar nos próximos dias.
?O que foi plantado em janeiro, infelizmente, foi perdido. Será mais um ano de dificuldade para o sertanejo e para a população em geral que depende do que é produzido por eles .Esse número (de municípios afetados) deverá duplicar ou triplicar ,pois não se tem previsão de inverno e mesmo que haja um período chuvoso efetivo, agora, a lavoura de muitos agricultores não será salva?, lamenta Macêdo.
O presidente informou que está procurando os órgãos competentes do Governo do Estado e Federal para saber que ações conjuntas podem minimizar as perdas dos municípios afetados. Macêdo adiantou que prefeitos da região de São Raimundo Nonato, Picos e Valença já procuraram a APPM para relatar as dificuldades dos últimos dias.
?Precisamos de uma ação conjunta do Governo Federal e do Estado para que a gente possa amenizar a vida do nosso camponês que tem sofrido do norte ao sul do Estado?, argumentou Macêdo.
O governador Wilson Martins já buscou parcerias com o Ministério da Integração Nacional. A previsão é de que os municípios afetados possam receber um cartão para comprar cestas básicas e pagar carros-pipas, porém o recebimento do cartão dependerá das planilhas e laudos que comprovem a situação de calamidade.