O ministro Wellington Dias afirmou que “o mundo falhou” no combate à fome, destacando o aumento da miséria e da fome nos últimos anos. A declaração ocorreu durante o Fórum de Doha, no Catar, onde Dias abordou a necessidade de maior apoio internacional para a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa, lançada na Cúpula do G20 em novembro, tem como objetivo erradicar a fome e a pobreza até 2030, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
mobilização de 86 países e 66 organizações
A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza pretende mobilizar 86 países e 66 organizações globais, com hubs em cidades-chave como Roma, Brasília, Adis Abeba e Bangkok. Entre os compromissos assumidos estão a ampliação de programas de transferência de renda para 500 milhões de pessoas e a oferta de refeições escolares nutritivas para 150 milhões de crianças. Wellington Dias destacou que a iniciativa visa apoiar os países a elaborarem seus planos nacionais, que contarão com suporte financeiro e técnico de nações desenvolvidas.
Segundo o ministro, a pobreza e a fome estão na raiz de crises migratórias, conflitos globais e ameaças à democracia, ressaltando a responsabilidade conjunta das nações no enfrentamento do problema. Dias destacou que a fome não se deve mais à escassez de alimentos, mas à falta de políticas de distribuição e combate ao desperdício. Ele defendeu a cooperação internacional para financiar e implementar a Aliança, reforçando que a produção mundial de alimentos é suficiente para alimentar a população global.
O lançamento da Aliança Global ocorre em um contexto de aumento da fome global, que afetou quase 750 milhões de pessoas em 2022 — um acréscimo de 152 milhões em relação a 2019. Wellington Dias reforçou que os países que enfrentam a fome precisam superar o constrangimento de abordar o tema e destacou a importância de eventos como o Fórum de Doha para promover o debate.
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