O Ministério Público Federal (MPF) afirmou, nesta terça-feira, que não solicitará a volta da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo para o Complexo Penitenciário de Bangu por causa do resgate de R$ 1,2 milhão de uma aplicação em previdência privada enquanto ela estava presa e com os bens bloqueados.
Segundo o procurador da República Rodrigo Timóteo, Adriana solicitou o resgate desses valores antes de ser presa, mas o dinheiro demorou dois meses para bater em sua conta, devido a procedimentos bancários.
– Nós entendemos que não houve violação disso (da prisão domiciliar), então não vamos fazer nenhum pedido de restabelecer a prisão, até porque o dinheiro está retido no banco – afirmou Timóteo.
Na última semana, o MPF questionou a movimentação do dinheiro durante depoimento da ex-primeira-dama ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, no processo da Operação Calicute. De acordo com a ex-primeira-dama, o investimento era para os filhos dela, e o resgate foi solicitado, a seu pedido, pela secretária que cuida das suas contas pessoais.
Nem a Justiça nem o MPF tinham conhecimento da movimentação. Timóteo pediu que o banco fosse acionado para explicar o que aconteceu e quem solicitou o resgate.