O Ministério Público Eleitoral de São Paulo abriu na quinta-feira uma investigação sobre a suspeita de irregularidade na coleta de assinaturas de apoio à criação do PSD, partido liderado pelo prefeito Gilberto Kassab. Mais dois pedidos de apuração devem ser oficializados nesta sexta-feira, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Diante do cenário, até aliados de Kassab já admitem que esse imbróglio jurídico poderá impedir o novo partido de participar das eleições no ano que vem. A coleta também é investigada pela Ministério Público de Santa Catarina, onde cinco eleitores mortos foram relacionados nas fichas.
Um repórter do jornal Folha de S. Paulo preencheu uma ficha de apoio à sigla do partido dentro da Subprefeitura da Freguesia do Ó, no gabinete do subprefeito Valdir Suzano. O chefe de gabinete do subprefeito, que entregou ao jornalista a lista de apoio, foi exonerado. O caso gerou reação de adversários de Kassab. "Um prédio público foi usado para promover o PSD.
Está configurado o uso da máquina administrativa", disse o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto. Para obter o registro do PSD na Justiça Eleitoral, Kassab precisará apresentar 490,3 mil assinaturas de eleitores, colhidas em pelo menos nove Estados. O prazo limite para que o PSD possa estar apto a disputar as eleições municipais de 2012 é 30 de setembro.