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Motta defende pena menor no 8/1, mas comenta risco de crise com anistia

Sem usar o termo “anistia”, ele defendeu uma punição mais branda para os envolvidos no ataque, destacando a necessidade de sensibilidade ao tratar de quem não merece ser punido.

Hugo Motta | (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-SP), se manifestou nesta segunda-feira (7/4) sobre o protesto bolsonarista ocorrido na Avenida Paulista no domingo (6/4). Sem usar o termo “anistia”, ele defendeu uma punição mais branda para os envolvidos no ataque, destacando a necessidade de sensibilidade ao tratar de quem não merece ser punido.

"Defendo dois pontos. Primeiro, a sensibilidade para corrigir excessos em relação a quem não merece punição. Acho que essa sensibilidade é importante e nos toca a todos. E a responsabilidade de, ao resolver esse problema sensível e justo, evitarmos uma crise institucional maior", afirmou.

O deputado minimizou a pressão dos manifestantes, assegurando que o projeto de lei para suspender as penas dos envolvidos no ataque de 8 de janeiro não será resolvido com “desequilíbrio” ou com o aumento da tensão entre as instituições. "Não é desequilibrando, não é aumentando a crise que vamos resolver o problema", declarou. "Não contem com este presidente para aumentar uma crise institucional", completou.

Além das manifestações nas ruas, parlamentares bolsonaristas têm pressionado a Câmara para que seja aprovado o requerimento de urgência do projeto de anistia. Na última semana, líderes partidários se recusaram a assinar o pedido que aceleraria o trâmite da proposta no Congresso.

Do alto do palanque montado na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia, organizador do ato, culpou diretamente o presidente da Câmara pela resistência dos líderes partidários, que, até o momento, não assinaram o pedido de urgência. Por outro lado, integrantes do Centrão afirmam que o impasse ocorreu após desentendimentos envolvendo bravatas do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que havia afirmado a adesão do Centrão sem ter consultado previamente todos os deputados.

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