Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, devem integrar a comitiva presidencial que irá a Roma para o funeral do papa Francisco, conforme informou o Palácio do Planalto.
Na segunda-feira (21), o governo já havia anunciado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama, Janja, viajarão à capital italiana para prestar as últimas homenagens ao pontífice, que faleceu na madrugada de segunda, aos 88 anos.
A composição completa da comitiva ainda não foi oficialmente divulgada, mas deve contar com outras autoridades e representantes políticos.
O STF e o Senado confirmaram a participação de Barroso e Alcolumbre, respectivamente. Já a Câmara informou que Hugo Motta ainda está avaliando sua ida.
Até o momento, está previsto que o avião presidencial decole de Brasília na noite de quinta-feira (24) e retorne no sábado (26), data prevista para o sepultamento de Francisco pelo Vaticano.
Lula e Janja mantinham uma relação próxima com o papa e se reuniram com ele em diversas ocasiões. Nessas conversas, discutiram temas como a guerra na Ucrânia, o combate à fome e as mudanças climáticas.
Além disso, o casal presidencial chegou a organizar uma missa pela saúde do pontífice no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 7h35 desta segunda no horário do Vaticano (2h35, no horário de Brasília). O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos.
À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.
Lula também decretou luto oficial de sete dias no Brasil pela morte do papa Francisco na manhã desta segunda. Por volta das 10h, as bandeiras em frente ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal já eram hasteadas a meio-mastro – símbolo do luto nos prédios públicos.
"É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de sete dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco, a quem serão tributadas honras fúnebres de Chefe de Estado", diz o decreto de luto publicado no "Diário Oficial da União".
"Francisco foi o papa do acolhimento e por isso acordamos hoje um pouco orfãos do seu afeto. Um afeto que era livre de preconceitos e julgamentos. Em um mundo que sofre com a discriminação e a insegurança. Para francisco, somos todos irmãos criados para amarmos uns aos outros. Por sermos todos irmãos, não há razão para tanta discórdia, tanto ódio, tantas guerras e tanta desigualdade no mundo. Francisco foi o papa de todos, mas principalmente dos excluídos, dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não tem voz, das vítimas do abandono e da fome", afirmou Lula em um vídeo divulgado pela Presidência da República na noite desta segunda.