O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (7) a prisão definitiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de reclusão por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Zambelli, que está na Itália e já é considerada foragida pela Justiça, terá seu processo de extradição iniciado pelo Ministério da Justiça. A condenação também acarreta perda do mandato, inelegibilidade e multa de R$ 2 milhões. Moraes também solicitou à Câmara que declare a perda do mandato da parlamentar.
Condenação e fuga
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a parlamentar a regime fechado por participação na invasão dos sistemas do CNJ. Ela deixou o Brasil no fim de maio, antes de o pedido de prisão ser divulgado. A Polícia Federal confirmou que a deputada cruzou a fronteira para a Argentina, depois foi para os Estados Unidos e, por fim, para a Itália.
Fontes ouvidas pelo blog da Natuza Nery informaram que Zambelli chegou a Roma na manhã de quinta-feira (5), antes de seu nome ser incluído na lista vermelha da Interpol, que é um alerta internacional para localização e prisão.
A inclusão na lista foi solicitada pela Polícia Federal, com base em decisão do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF. Na quarta-feira (4), a assessoria da deputada ainda dizia que ela estava na Flórida, nos EUA.
LISTA VERMELHA
Agora, com o nome na lista vermelha, Zambelli pode ser presa fora do Brasil caso seja encontrada pelas autoridades italianas ou por países que cooperam com a Interpol.
Nesta sexta-feira (6), o banco Itaú bloqueou as contas e cartões da deputada, atendendo a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes.