O ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou neste domingo (2) que haja a preservação e documentação rigorosa e integral de todos os elementos materiais relacionados à operação policial no Rio de Janeiro, realizada no dia 28 de outubro, incluindo perícias e respectivas cadeias de custódia.
A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e visa garantir o controle e a averiguação da atuação policial pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. A operação que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais, foi alvo de questionamentos sobre a preservação da cena do crime.
O ministro destacou que a determinação segue o que foi fixado pelo Plenário do STF no julgamento do mérito da ação, segundo o qual devem ser preservados os vestígios de crimes e assegurada a independência técnica das perícias em investigações de crimes contra a vida.
Com isto, segundo o STF, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, deverá ser intimado ainda hoje para garantir o cumprimento da decisão. Moraes designou audiência conjunta para o dia 5 de novembro de 2025, às 10h, na sala da Primeira Turma do STF, reunindo órgãos oficiais e entidades civis para discutir a megaoperação.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, aprofundou neste domingo (2) o debate sobre a segurança pública no Brasil, argumentando que o combate às facções criminosas deve focar na estratégia de asfixia financeira e na integração das forças de segurança.
Ele destacou que a solução para a violência não se limita a incursões armadas, mas exige uma ação coordenada e o rastreamento do dinheiro das facções, conforme determinado pela ADPF das Favelas.