O youtuber Bruno Monteiro Aiub, o Monark, deve ser ouvido pela Polícia Federal nos próximos dias, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tomar o depoimento no âmbito do inquérito que investiga os atos que culminaram na invasão da sede dos três Poderes da República, no dia 8 de janeiro deste ano. A PF terá o prazo de cinco dias, segundo determinação do ministro do STF.
Nessa quarta-feira (14), o ministro proibiu Monark de espalhar fake news sobre a atuação do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi tomada no âmbito da mesma apuração, sobre os atos antidemocráticos. Moraes citou que, apesar de ter contas em redes sociais bloqueadas, Monark criou um canal na rede Rumble e perfis alternativos em outras redes. No Rumble, disse que o "TSE está censurando gente" e questiona se há "maracutaias acontecendo nas urnas". A pena para o descumprimento é multa de R$ 10 mil.
Monark se tornou conhecido por fazer vídeos de Minecraft no seu canal no Youtube "RandonsPlays" e passou a integrar o Flow Podcast, ao lado de Igor "3K" Coelho, até 2022, quando foi desligado do programa, após defender a existência de um partido nazista, o que é proibido por lei. Após as críticas, Monark pediu desculpas e disse que estava bêbado quando fez o comentário. As declarações do comunicador tiveram repercussão internacional.
Na época, Augusto Aras, procurador-geral da República, abriu investigação, para averiguar se Monark e Kim Kataguiri cometeram o crime de apologia do nazismo durante o episódio. O apresentador também passou a ser investigado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e pela Polícia Civil pelo mesmo crime.
Em novembro de 2022, ele teve o canal do YouTube desativado após decisão judicial. A rede disse que a medida foi tomada em cumprimento de decisão do TSE. Em janeiro deste ano, o Twitter dele foi derrubado por decisão judicial.