José Eduardo Cardozo anuncia plano emergencial para o MA

Cardozo disse que o grupo de trabalho que será montado vai monitorar e integrar as ações, como já ocorre em outros Estados

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo | Divulgação
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira (9), em São Luís, anunciou um plano conjunto dos governos federal e estadual com 11 pontos, para tentar conter a onda de violência nos presídios na capital maranhense.

Entre as medidas que estão sendo discutidas pelas autoridades estão o reforço da segurança com mais homens da Força Nacional, a remoção de presos para penitenciárias federais, a criação de um grupo de trabalho ?que será comandado pela governadora Roseana Sarney (PMDB)-- e mutirão das defensorias públicas para avaliar a situação de todos os presos.

"Algumas ações não poderão ser detalhadas. Segurança pública não pode ter muitos detalhes. Não me perguntem números, datas e quantidade", disse, citando que não será informado o número de presos que serão retirados do Complexo de Pedrinhas, nem o efetivo que virá da Força Nacional.

Cardozo disse que o grupo de trabalho que será montado vai monitorar e integrar as ações, como já ocorre em outros Estados, terá a participação de todos os órgãos do ministério, a exemplo das polícias Federal e Rodoviária Federal.

O ministro também anunciou que haverá relocação prisional, com a transferência de presos de uma unidade para outra, quando novos presídios forem construídos. "Teremos também um plano de ação integrada, com inteligência e segurança para os presídios", citou o ministro.

O Maranhão terá implantado, conforme Cardozo, um sistema do Ministério da Justiça, de forma pioneira, para fornecer alternativas penais de monitoramento, evitando assim prisões.

"Isso vai ajudar os juízes, que podem dar outra formas de sanções, às vezes mais eficazes, em vez de colocar atrás da grades", afirmou.

Cardozo teve uma reunião com a governadora e a cúpula da segurança pública estadual, que enfrenta uma grave crise, com 62 mortes dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e ataques a ônibus e delegacias no final da semana passada.

No encontro, Roseana afirmou ao ministro que está investindo R$ 131 milhões para o reaparelhamento do sistema penitenciário e construção e reforma de presídios. Até dezembro de 2014, o Estado do que haverá mais 2.800 vagas, somando-se às 3.607 existentes.

"Essas mortes no presídio é pela briga de facções. Fiquei chocada, mas fico tranquila que não cometemos nenhum crime de direitos humanos. Nós estamos querendo dar mais segurança ao nosso povo, por isso estamos discutindo esse reforço e apoio do governo federal", afirmou Sarney.

O ministro veio acompanhado pela secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e pelo representante do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), Luiz Fabrício Neto.

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