O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve concluir ainda nesta sexta-feira (9) o julgamento da ação apresentada pelo PSDB que pede a cassação da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014. Direto de Brasília, a correspondente da Rede Meio Norte, Samantha Cavalca, falou detalhes sobre os bastidores da ação.
Segundo ela, o clima está calmo porque desde ontem os ministros durante suas intervenções indicaram como votariam, por conta disso, os advogados de defesa já comemoram uma possível vitória. “Existe todo esse clima de que ‘já ganhou’ e a chapa não deve ser cassada. Os ministros não querem incluir as delações da Odebrechet relacionadas à Lava Jato dentro do mérito da ação. Então com isso Michel Temer se mantém no cargo e Dilma continua com seus direitos políticos podendo se candidatar a algum cargo”, declarou.
Ainda de acordo com a jornalista, quando os ministros sinalizaram que não iriam incluir o pós-lava jato dentro do julgamento eles acabam dando indicação de como vão voltar na decisão final. “Então com isso a gente já pode ver que existe um placar bem previsível que é de 4 a 3, apenas dois ministros que é a Rosa Weber e o Luiz Fux devem acompanhar o voto do ministro relator, os demais ficam a favor da manutenção de Michel Temer no cargo de presidente da república”, disse.
Em relação aos bastidores, Samantha Cavalca noticiou em primeira mão que o ministro Herman Bejamin já é nome citado em caso de eleições indiretas. Parlamentares do PSOL e REDE, já conversam sobre a possibilidade.
“Estou escutando muito por aqui por mais que hoje nessa ação eleitoral se decida que a chapa não vai ser cassada ainda existe uma expectativa de que o presidente Michel Temer possa sair do cargo porque existe uma possibilidade bem concreta que a Procuradoria-Geral da República tente abrir uma denúncia contra ele. Michel Temer já vem fazendo corpo a corpo com parlamentares porque para essa denúncia da PGR ir para frente ela precisa ser admitida pela plenária da Câmara dos Deputados mas se o plenário resolver admitir e por acaso ocorrer a saída do cargo, pode ocorrer eleições indiretas. O ministro Gilmar Mendes está utilizando esse julgamento como palanque político para mostrar que ele pode ser um dos nomes para concorrer a eleição indireta. Só que ainda tem outra questão: parlamentares do PSOL e REDE disseram que não são a favor de votar em eleições indiretas e que talvez acompanhem o PT que diz que não vai votar, porém eles pensam de lançarem o nome do ministro Herman Benjamin para uma possível disputa na eleição”, afirmou.