O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta sexta-feira, 17, que não há necessidade de volta do horário de verão em 2021.
A afirmação foi feita antes do embarque do ministro para a 65ª Conferência-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena.
O ministro chegou a solicitar novos estudos sobre o tema, Bento entendeu que o problema da crise hídrica “é uma questão de economia energética mesmo” e que cabe ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definir se deve voltar atrás e retomar o regime que extinguiu em 2019.
"A contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno", pontuou o Ministério, em nota.
Bento ainda comentou que o Ministério não identificou que a volta do horário de verão seja capaz de reverter crise hídrica.
Em São Paulo, usina opera no volume morto
A falta de chuvas tem agravado a situação das hidrelétricas brasileiras. Em São Paulo, a maior usina do estado, a Ilha Solteira, opera no volume morto. Furnas, um dos principais complexos do Brasil, também passa por situação difícil: sua maior usina, Itumbiara, está com 9,68% da capacidade.
Para continuarem operando, as hidrelétricas precisam ter, pelo menos, 10% de sua capacidade. Quando esse volume cai, existe risco de suspensão repentina do fornecimento de energia.