Exclusivo Ministro esclarece dúvidas sobre o novo empréstimo consignado para trabalhadores CLT

Luíz Marinho explicou que a plataforma oferece a possibilidade de reduzir o valor das parcelas de seus empréstimos.

 Jornalista Cinthia lages/ Ministro do Trabalho do Brasil, Luíz Marinho.  | Rede Meio Jornalista Cinthia lages/ Ministro do Trabalho do Brasil, Luíz Marinho. | Foto: Rede Meio
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O governo federal lançou, nesta sexta-feira (21), a plataforma de crédito para trabalhadores com carteira assinada, permitindo que eles acessem empréstimos com taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado tradicional, em pelo menos 80 bancos que já trabalham com consignados do INSS.

REDUÇÃO NO VALOR DAS PARCELAS

Em entrevista ao programa Notícias do dia da Rádio Jornal, conduzido pela jornalista Cinthia lages, o ministro do Trabalho do Brasil, Luíz Marinho, explicou que a plataforma oferece aos trabalhadores a possibilidade de reduzir o valor das parcelas de seus empréstimos. O crédito pode ser acessado meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).

Todos os trabalhadores, ou seja, mais de 47 milhões trabalhadores poderão ter acesso a esse crédito, estarão disponibilizados a eles através das instituições financeiras que estejam cadastradas na nossa plataforma e-social. Ou seja, todos os bancos públicos, bancos privados, ninguém vai querer ficar de fora dessa possibilidade de estar oferecendo a você um crédito.

Os trabalhadores poderão utilizar até 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, além de 100% da multa rescisória em casos de demissão sem justa causa. As parcelas do empréstimo serão descontadas diretamente do contracheque. 

A gente pede para o trabalhador ter muito muita serenidade e tranquilidade. Um trabalhador que eventualmente tenha um crédito bancário sem garantia, deve estar pagando aí a ordem de 5, 6% ao mês, mais de 100% ao ano e tem caso. Isso pode reduzir drasticamente a tua parcela.

Em sua fala, o ministro ainda ilustrou o impacto da plataforma com um exemplo prático:  

Um trabalhador do comércio que estava pagando no valor de cada parcela mês 1.600 reais. Ao migrar para essa plataforma a partir de hoje, e provavelmente esse contrato tá sendo migrado hoje para esse novo mecanismo, esse novo conjunto de garantias que oferece a partir do desconto em folha de pagamento, essa parcela de 1.600 vai reduzir para 830, ou seja, essa família vai ganhar uma folga de mais de R$ 770 do simples fato de ter um crédito seguro e mais barato.

COMO FUNCIONA?

Ao acessar a plataforma, o trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados com instituições financeiras. Com base nessas informações, os bancos analisam o perfil de crédito e oferecem taxas personalizadas. Luíz Marinho destacou que cada banco possui critérios próprios, resultando em diferentes propostas para o mesmo trabalhador.

É nessa hora que você tem que ter calma, tranquilidade para observar direito e escolher a proposta menor, de menor taxa a você. É isso que a gente alerta. A gente chama atenção para cada trabalhador, cada trabalhadora, para fazer o melhor para a sua família.

A medida foi criada para ajudar trabalhadores que estão com dívidas e que precisam de crédito para investir em suas casas, trocar eletrodomésticos ou suprir outras necessidades. “Não se endivide desnecessariamente. Se você não precisa fazer empréstimo, não faça. O melhor é você não necessitar. Isso aqui é caso em você tenha necessidade”, frisou a autoridade. 

E EM CASO DE DEMISSÃO?

Segundo o ministro, o limite máximo de comprometimento da renda é de 35% do salário. Ele ainda explicou como funcionará caso o trabalhador seja demitido:

Ela usará 10% do que ela tiver no fundo de garantia, e utilizará também a multa da rescisão. Mas vamos imaginar que isso não foi suficiente para pagar totalidade da tua dívida. O que eu faço com ela? Você fique tranquilo. Essa dívida, quando você arrumar outro emprego, neste momento a plataforma vai informar o teu novo empregador para ele passar a descontar as parcelas também a partir daí, respeitando o máximo de comprometimento da sua folha de pagamento que é de 35%.

 

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