Ministro do TCU abandona relatoria do processo de leniência da UTC

Recentemente a Polícia Federal pediu mais prazo para investigação.

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Nesta quinta-feira (11), o ministro do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro, deixou a relatoria do processo de leniência da construtora UTC. O político se declarou impedido em despacho feito à secretaria do tribunal, agora outro ministro será sorteado para poder acompanhar o caso da UTC.

Como o processo era sigiloso, até o nome do relator do caso da UTC também não era público. A informação de que o ministro conduzia o caso e de que ele se declarou impedido foi publicada pelo jornal "O Globo". Carreiro estava na relatoria desde junho.

O dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, investigado pela operação Lava Jato, disse em depoimento de delação premiada ao que repassou R$ 1 milhão para o advogado Tiago Cedraz, quantia que, segundo afirmou, deveria chegar ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União (TCU). Carreiro é investigado no inquérito 4075 no Supremo Tribunal Federal (STF), junto com Tiago Cedraz. O inquérito, atualmente, está em fase de diligências e coleta de provas. Recentemente a Polícia Federal pediu mais prazo para investigação.

O ministro afirmou que não viu conflito no fato de estar citado na delação pelo dono da construtora e relatar um processo envolvendo a mesma empreiteira . "Não vi conflito. Mas é melhor sair desse foco para não ter suspeita", declarou Carreiro. Segundo o Ministério Público Federal, Pessoa relatou que  foi procurado por Tiago Cedraz, e o advogado disse que estava precisando de dinheiro, “deixando antever que a importância solicitada, no valor de 1 milhão de reais, seria ao ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União , relator do processo de Angra 3 no TCU”.

Ainda de acordo com o MPF, após o pagamento do valor pedido por Tiago Cedraz a licitação da usina de Angra 3 finalmente chegou a seu termo.

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