Ministro do STJ solicita prisão de Arruda

Corte está reunida para decidir se concorda ou não com relator do inquérito

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 O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Fernando Gonçalves, relator do inquérito da operação Caixa de Pandora, aceitou o pedido de prisão preventiva e afastamento do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) por tentativa de suborno.

O pedido está sendo analisado pela Corte Especial do STJ na tarde desta quinta-feira (11) e, para que a prisão seja decretada, precisa da maioria dos votos dos 15 ministros que compõe o colegiado. De acordo com o ministro, a prisão preventiva será para garantir a ordem pública e a investigação do suposto esquema de corrupção no governo do DF.

Após aceitar o pedido, feito pela subprocuradora Geral da República Raquel Dodge, o ministro convocou o colegiado para referendar a sua decisão. A leitura do voto do ministro acabou por voltas das 16h30. Na decisão, o relator afirmou que Arruda tenta interferir nas investigações.

- Há fortes indícios da participação do governador no pagamento de recursos pecuniários para a coação de testemunhas. O episódio mostra total desprezo dos envolvidos ao Judiciário e necessita de severa punição. Arruda é suspeito de participar da tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra.

A tentativa foi flagrada em vídeo pela PF e, em depoimento, o servidor aposentado do governo Antônio Bento disse que agiu em nome de Arruda. A Polícia Federal disse que soube pela imprensa da análise do pedido e já está mobilizada para cumprir a ordem de prisão caso ela seja aprovada pelos ministros.

A assessoria de Arruda informou que o governador está na residência oficial em Águas Claras, cidade satélite de Brasília e, que caso a prisão seja decretada, ele se apresentará à polícia espontaneamente. No dia 27 de novembro, a PF deflagrou a operação Caixa de Pandora.

Arruda e todos os envolvidos negam participação no esquema e rebatem as acusações. O esquema seria uma espécie de “pedágio” cobrado por Arruda para que empresas consigam contratos com o governo. O dinheiro arrecadado, segundo o inquérito da PF, era dividido entre Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, além de secretários e assessores da administração do DF.

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