O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, morreu neste sábado (3), em Porto Alegre, aos 63 anos. Segundo informações do STJ, ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, devido a um câncer.
A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura se manifestou após a morte do colega. “A Justiça brasileira perde um de seus mais brilhantes e dedicados operadores”, afirmou. Para ela, o ministro “teve uma carreira admirável, e seu legado como jurista, magistrado e professor é uma inspiração. Ele deixa um exemplo de integridade, de amor à família, de amizade, de seriedade profissional e de preocupação verdadeira com a justiça em seu sentido mais profundo”.
Segundo o STJ, serão dois dias de velório: neste domingo (9), a partir das 10h, na capela do Cemitério São José, no Crematório Metropolitano de Porto Alegre (avenida Oscar Pereira, 584, bairro Azenha) e na segunda-feira (10), a partir das 7h30, no auditório do Crematório Metropolitano. A cerimônia de despedida está prevista para as 15h. Paulo de Tarso Sanseverino deixa esposa e dois filhos.
Carreira
Gaúcho de Porto Alegre, o ministro iniciou sua vida profissional no serviço público como agente administrativo do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) e, na sequência, como assistente superior judiciário do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do seu estado, Sanseverino se tornou promotor de justiça em 1984, após ser aprovado em primeiro lugar no concurso público, e, em 1986, começou a sua trajetória como juiz de direito, atuando em várias comarcas. Já foi desembargador do TJRS, tendo sido nomeado para o STJ em vaga destinada a membros dos tribunais estaduais, em 2010, quando ocupou a cadeira que havia pertencido à ministra Denise Arruda e aos ministros Ruy Rosado e Athos Carneiro.
Em 2020, Sanseverino passou a integrar a Corte Especial. Desde novembro de 2021, era ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em agosto último, ele havia completado 12 anos como membro do STJ.
Ministro do TSE
No TSE, ministro Paulo de Tarso Sanseverino atuou durante as eleições presidenciais de 2022 e chegou a determinar a suspensão de propaganda da campanha de Bolsonaro, que acusava Lula de ter "mandado" dinheiro para a Venezuela e associava o petista com a perseguição de cristãos na Nicarágua.
Em outra ocasião, ele também determinou que as redes sociais apagassem vídeo publicado pelo cantor Latino e republicado por nove perfis com falas adulteradas do candidato à Presidência, Lula.
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