Após a divulgação de um vídeo da Marinha que gerou desconforto no governo, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, convocou o comandante da náutica, almirante Marcos Sampaio Olsen, para uma reunião com o presidente Lula (PT) na última sexta-feira (5). O vídeo, que ironizava o pacote de ajuste fiscal e fazia críticas indiretas ao governo, foi visto como um erro pelos auxiliares do presidente, que se mostraram irritados com o teor da gravação.
O encontro ocorreu na Granja do Torto, onde Lula passou o Ano Novo. Durante uma conversa, Olsen explicou o conteúdo do vídeo, que abordou o Dia do Marinheiro e terminou com a frase “Privilégios? Vem para a Marinha”. Após a reunião, tanto Múcio quanto Olsen saíram com a sensação de que o assunto estava resolvido e o presidente parecia satisfeito com as respostas dadas.
O incidente afetou diretamente as negociações em torno da transição das regras para retirada dos militares. Inicialmente, Lula havia sinalizado um processo mais gradual para a transição das Forças Armadas, mas, após o episódio, optou por adotar uma fase de transição mais curta, com a regra definitiva entrando em vigor em 2032, conforme a proposta do Ministério da Fazenda.
vistoria nas campanhas publicitárias da marinha
Como resposta ao desconforto gerado pelo vídeo, o governo decidiu que, daqui em diante, todas as campanhas publicitárias das Forças Armadas deveriam ser aprovadas pelo Ministério da Defesa antes de serem divulgadas, a fim de evitar novos episódios semelhantes. Anteriormente, as Forças tinham autonomia para divulgar suas campanhas, com aprovação apenas do comandante.
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