Uma ação, de autoria do Ministério Público Federal (MPF), que tratava de declarações consideradas racistas contra a cantora Preta Gil, durante uma entrevista no programa CQC, da TV Bandeirantes, foi arquivado pelo Supremo tribunal Federal. O inquérito era contra o Deputado Federal Jair Bolsonaro e foi aberto em julho de 2013.
A decisão foi tomada pelo relator do inquérito, o Ministro Luís Roberto Barroso, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Durante entrevista ao programa da Band, em março de 2011, Jair Bolsonaro respondeu a uma pergunta de Preta Gil sobre o que o parlamentar faria caso um filho dele se apaixonasse por uma negra. O deputado assim respondeu: “‘Ô’ Preta. Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”.
Na Procuradoria, a ausência da fita com a entrevista completa e a imunidade parlamentar do deputado não permitiram a comprovação de nenhum teor racista.
No momento da decisão Barroso ainda criticou o CQC por promover um “tipo de debate público no qual, em lugar de focar no argumento, o interlocutor procura desqualificar moralmente o adversário”.
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