Nomeada como nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo declarou nesta segunda-feira (9) que as alegações de assédio sexual relacionadas ao ministério devem ser conduzidas com seriedade e garantir o "pleno direito de defesa". Ela também enfatizou a importância de respeitar a privacidade das pessoas que fizeram as denúncias.
O QUE ACONTECEU
A ministra foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (9) para substituir Almeida, que foi demitido na sexta-feira anterior (6). “É essencial que os órgãos competentes realizem as investigações necessárias”, afirmou. Almeida nega as acusações feitas contra ele.
Esta foi a primeira declaração pública de Evaristo após sua nomeação. A cerimônia de posse está prevista para a próxima semana. Até lá, o Ministério dos Direitos Humanos está sob a responsabilidade de Esther Dweck, que também é ministra da Gestão.
ASSEGURAR DIREITOS
Macaé enfatizou que, nas investigações sobre as denúncias, é crucial “assegurar os direitos dos denunciantes”, garantir “amplo e pleno direito de defesa” e, além disso, “preservar a privacidade e o sigilo, especialmente das pessoas que foram prejudicadas”.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, uma das alegadas vítimas de assédio, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Macaé afirmou que sua abordagem para lidar com a situação envolvendo Almeida será a mais transparente possível.
“Precisamos superar esse momento de luto e avançar para a ação. Há muito trabalho a ser feito”, comentou. “Acredito que todos têm o direito à memória e à verdade, e o país precisa dar essa resposta. Vamos focar no futuro e não no passado”, concluiu.