Ministra Dilma chama oposição de “patética”

O tom do discurso foi motivo de brincadeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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Pré-candidata às eleições presidenciais de 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), fez um discurso de cerca de 30 minutos no 12º Congresso do PCdoB em que atacou a oposição, chamando-a de "esdrúxula" e "patética".

O tom do discurso foi motivo de brincadeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É preciso tomar muito cuidado com a Dilma, ela fez um discurso muito longo para quem é pré-candidata", disse Lula antes de iniciar seu pronunciamento, de mais de uma hora. "Os que vão fazer o Brasil avançar não serão aqueles que nos imobilizaram num modelo neoliberal por tantos anos.

As forças do passado mais uma vez tentam se organizar e, para isso, usam velhas e surradas táticas. Tentam ser astutos ao tentar fragmentar a base aliada do governo Lula, são patéticos ao tentar confundir as pessoas, dizer que nossos modelos são parecidos, que nossa política econômica é a mesma. (...) São patéticos ao dizer que o Bolsa Família é continuidade do Vale Gás e do Bolsa Escola", disse Dilma, no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo. "Não se iludam.

A luta vai ser muito dura. Nosso projeto de nação cria muitas animosidades. Esse governo jamais cruzou os braços. O país que nós recebemos e o que nós deixaremos são muito diferentes. O povo vai saber comparar", afirmou Dilma. Já Lula usou parte do tempo de sua fala para rebater as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Em um artigo, o tucano afirmou que se Dilma ganhar em 2010 sobrará ao Brasil um "subperonismo" - em referência ao ex-presidente argentino Juan Domingo Perón - e "uma burocracia sindical aninhada no Estado". "Nós não temos a sapiência dos sociólogos.

Essa semana fui chamado de analfabeto, de ditador, (...) e nessa mesma semana eu ganhei o título de estadista do ano. Eu compreendo o ódio, o intelectual que está assistindo um operário que só tem o quarto ano primário - e não tenho vergonha de dizer - ganhar tudo o que ele imaginava que pudesse ganhar e não ganhou por incompetência é muito difícil. É muito engraçado, tem gente que acha que a inteligência está ligada à quantidade de anos de estudo que você tem, não tem nada mais burro que isso", disse o presidente, fazendo referência também a Caetano Veloso, que o chamou de "analfabeto" em uma entrevista.

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